Izolda se fortalece em disputa por indicação de Lula no MEC






A governadora Izolda Cela (sem partido) já vinha sendo apontada como um dos possíveis nomes para ocupar o comando do Ministério da Educação (MEC) no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir do ano que vem. Seu nome, no entanto, tem ganhado espaço nos bastidores e alguns petistas já apostam em sua indicação para o posto.

Segundo o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, pelo menos três integrantes do partido indicaram que a decisão já havia sido tomada por Lula. Os anúncios dos nomes que integrarão os ministérios, no entanto, só devem vir após o dia 12 de dezembro, quando está marcada para acontecer a diplomação do presidente eleito e do vice Geraldo Alckmin (PSB), pela Justiça Eleitoral.

Além disso, Izolda tem sido saudada por apoiadores inclusive de outros estados: na última sexta-feira (3), foi aplaudida por um público de gestores e educadores durante encontro na Fundação Lemann, sob gritos de “Ministra!” Na ocasião, ela discursou sobre a trajetória do estado do Ceará no campo da educação e disse esperar que o próximo governo federal “se apresente para um diálogo verdadeiro com os estados e municípios, para mediação e coordenação de políticas, puxar uma liderança, uma palavra de compromisso”.

Contexto
A gestora construiu sua carreira pública em cima da área da educação, tendo se destacado na Secretaria de Educação de Sobral, sob a gestão do então prefeito Cid Gomes (PDT), e depois integrando sua equipe no Governo do Estado, também na posição de secretária da Educação. Ela é responsável pelo Programa Aprendizagem na Idade Certa, implementado pelo governo estadual ainda em 2007, primeiro ano do governo Cid, e creditado como um dos principais instrumentos pelos quais a educação do Ceará passou a ter destaque nacional nos anos subsequentes. No governo de Camilo Santana (PT), já como vice-governadora, ela seguiu sendo apresentada como um nome técnico ligado principalmente à área da educação.

O nome de Izolda ganhou força entre petistas em meio às discussões que antecederam o racha entre PT e PDT no Ceará. A governadora, à época filiado ao PDT, disputava com o ex-prefeito Roberto Cláudio a indicação do partido para se candidatar ao Palácio da Abolição e era enfaticamente apoiada pelos petistas, que rejeitavam RC. O PDT acabou escolhendo o ex-prefeito e o PT decidiu deixar a aliança, levando consigo outras legendas. Izolda se desfiliou do PDT pouco depois disso, mantendo-se fiel a Camilo e seus aliados.

Indicação
Para o deputado federal José Guimarães (PT-CE), pode-se esperar uma presença cearense na equipe ministerial de Lula, levando em conta a relevância que o estado teve para a base do presidente eleito no último pleito. O PT, no Ceará, elegeu com margem folgada tanto seu candidato ao Governo do Estado (Elmano de Freitas) quanto o candidato ao Senado (Camilo Santana), além de ter dado quase 70% dos votos válidos para Lula no segundo turno da disputa presidencial. A ascensão do grupo político liderado por Camilo, após o racha com o PDT, é ponto de relevo nesse contexto.

Além de Izolda, as especulações no meio político passam também pelo nome do próprio Camilo, que hoje atua no governo de transição na área de Desenvolvimento Regional – o que também é o caso do secretário estadual do Turismo Arialdo Pinho, que também pode estar sendo avaliado. Ainda chegou a circular o nome do ex-senador e deputado federal eleito Eunício Oliveira (MDB), que é um dos principais aliados de Lula no Ceará e foi importante fiador do arco de alianças dos petistas no estado na eleição deste ano, que incluiu o MDB.

 O Estado 

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