Lula anuncia mais 16 nomes para comandar ministérios






O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (22) 16 ministros que vão compor o seu governo a partir de janeiro de 2023 e apresentou as primeiras mulheres do mais alto escalão da próxima administração. Ao todo, há 21 nomes oficializados das 37 pastas do futuro governo. Restariam ainda 16 ministros a serem confirmados nos cargos, que estão sendo negociados, em grande parte, com PSD, MDB, União, Rede, além do centrão. De acordo com Lula, 13 pastas seguem com seus titulares ainda indefinidos.

“É mais difícil montar um governo do que ganhar eleições. Nós estamos tentando fazer um governo que represente no máximo que a gente puder as forças políticas que participaram conosco da campanha”, afirmou o presidente eleito. “Quero dizer para os companheiros que ainda não foram contemplados que nós vamos contemplar as pessoas que nos ajudaram, porque somos devedores”, acrescentou. A divulgação dos nomes estratégicos do governo Lula foi feita no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local escolhido como sede da transição, em Brasília, um dia depois da aprovação da PEC (proposta de emenda Constitucional) da Transição.

Indicados
Embora Lula tenha declarado, em novembro, que Geraldo Alckmin (PSB) não disputaria vaga de ministro por ser vice-presidente (eleito), o ex-governador de São Paulo teve o nome oficializado para o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) e acumulará as duas funções. O nome de Alckmin ganhou força diante da recusa de empresários para o posto. Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, declinaram do convite.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) foi designado para chefiar o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta pleiteada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), ficará com o Ministério dos Portos e Aeroportos – fatia do atual Ministério da Infraestrutura. A cúpula da legenda se reuniu na véspera do anúncio com Alckmin e, em seguida, com Lula.
Ainda na área econômica, entre as mulheres, Esther Dweck vai liderar uma pasta criada especificamente para gestão. Quem vai ocupar o Ministério do Planejamento continua em aberto. O economista André Lara Resende chegou a ser convidado, mas resiste à proposta.

Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade foi a escolhida para comandar o Ministério da Saúde. A socióloga é a primeira mulher a ocupar o cargo em quase 70 anos de história da pasta. Vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos chefiará o Ministério da Ciência e Tecnologia. Anielle Franco, irmã da ex-vereadora do PSOL assassinada Marielle Franco, será ministra da Igualdade Racial. Especialista em violência de gênero, Cida Gonçalves ficará à frente do Ministério das Mulheres. Já Margareth Menezes foi oficializada como a ministra da Cultura no governo Lula, que prometia desde a campanha alçar a atual secretaria ao status de ministério.

O ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) foi confirmado como futuro ministro da Educação. O escolhido por Lula para comandar o Ministério do Trabalho, por sua vez, foi o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP). Para o Ministério dos Direitos Humanos, o indicado foi o advogado Silvio Almeida.

A Secretaria de Relações Institucionais vai para as mãos do deputado Alexandre Padilha (PT). Considerado como um nome de perfil conciliador e com bom trânsito no Congresso, ele já esteve à frente da pasta há 14 anos. Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência será o deputado federal Márcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha petista.
A Controladoria-Geral da União (CGU) ficará com Vinicius Carvalho, advogado e ex-presidente do Cade. A Advocacia-Geral da União (AGU), com Jorge Messias, que foi responsável pela Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) sob Dilma Rousseff.

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