Agentes da inteligência não mapearam risco de atentado. Isso não significa muito, porém. Entenda
Rodrigo Rangel
Breno Esaki/Especial Metrópoles
As equipes do setor de inteligência da Polícia Federal não identificaram nenhuma ameaça específica ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva desde a declaração do resultado final das eleições até agora.
Ainda sob o governo de Jair Bolsonaro, agentes da PF estavam encarregados de monitorar os riscos à segurança de Lula 24 horas por dia, em uma espécie de gabinete permanente de crise.
A tarefa começou ainda no período da campanha, quando a tarefa incluía os demais candidatos ao Planalto, e depois prosseguiu — só que voltada apenas para o vencedor.
Relatórios eram produzidos diariamente, mas nenhum deles apontou uma ameaça concreta a Lula, disseram à coluna fontes graduadas a par do assunto.
O trabalho envolveu desde o acompanhamento aproximado de militantes opositores tidos como perigosos, por meio de técnicas clássicas de investigação, até o monitoramento de redes sociais e da chamada dark web, o submundo da internet.
Considerando a polarização reinante no país nos últimos tempos, é surpreendente que não tenha sido identificada nenhuma ameaça a Lula, mas isso não significa muita coisa.
Ao fazer o mesmo trabalho em 2018, a inteligência da PF mapeou quatro situações de risco ao petista Fernando Haddad e 19 ameaças a Jair Bolsonaro — nenhuma delas, porém, apontava para Adélio Bispo, o homem que esfaqueou Bolsonaro.
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Sem entrar no mérito da qualidade do trabalho dos policiais, tidos como os melhores do país na área, convém manter o alerta
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