Alimentos ultraprocessados na rotina alimentar aumentam o risco de câncer e morte precoce


Conhecidos por serem atraentes, práticos e de baixo custo, os alimentos ultraprocessados fazem parte da rotina agitada da sociedade em geral. Infelizmente, o consumo desse tipo de alimento pode desencadear diversos riscos à saúde. De acordo com o Ministério da Saúde o consumo desses ultraprocessados podem desenvolver alguns tipos de câncer, entre eles o colorretal.

Em 2022, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) analisou cerca de 24 produtos ultraprocessados e detectou a presença de agrotóxicos em 58% dos produtos, entre eles: salsicha, hambúrguer de carne bovina e empanados de frango.Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por maior processamento industrial, possuem alta adição de açúcares, gorduras, sódio, substâncias sintetizadas e muitos conservantes.

Além do câncer, o consumo desses produtos aumenta o risco de obesidade, sobrepeso, colesterol alto, inflamações no trato gastrointestinal, modificação da flora intestinal, desregulariza o intestino, aumenta o risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e diabetes.
A nutricionista Bruna Fernandes alerta para os perigos de embalagens que mostram um conteúdo aparentemente saudável. Para a especialista, a melhor forma de se livrar dos perigos gerados por essa alimentação prejudicial à saúde é uma mudança diária nos hábitos.

“Não é possível considerar saudável estes alimentos mesmo que apresente menos sódio, açúcares e alguns outros ingredientes. A indústria tende apresentar embalagens mostrando que determinado alimento por possuir ingredientes em menor quantidade é saudável, porém, mesmo com essas características não deixam de ser ultraprocessados e não são considerados saudáveis pela ciência.Para evitar o excesso do consumo deve-se evitar os pedidos de comidas prontas e fast food, passar a preparar suas refeições, usar temperos naturais, procurar ter organização na hora de fazer as compras no supermercado e comprar somente o necessário e o que realmente irá consumir, para não ter alimentos desnecessários a disposição. Ter um acompanhamento nutricional e um plano alimentar com variedade de alimentos naturais,nutritivos e uma alimentação balanceada”, alerta a nutricionista.

Alimentos ultraprocessados
Ler os rótulos das embalagens é fundamental para diferenciar os alimentos processados e ultraprocessados. A adição de sal e açúcar são encontrados nos produtos processados tornando-o mais durável e atrativo aos consumidores. As substâncias sintetizadas em laboratórios são encontradas nos produtos ultraprocessados que passam por várias etapas de formulações industriais.
Entre os alimentos que causam um maior risco à saúde estão: macarrão embutidos, salsicha, empanados de frango,bolachas recheadas,refrigerantes, sorvetes de pote, margarina, batatas chips, massas congeladas e pão de forma. É importante lembrar, que mesmo que haja uma diminuição na ingestão desses alimentos, os riscos à saúde continuam eminentes.
“Não é possível ter uma alimentação saudável com consumo de ultraprocessados mesmo que em menor quantidade, pois a lista de ingredientes desses alimentos são nutricionalmente desbalanceadas e apresentam muitos ingredientes substâncias sintetizadas, conservantes, aromatizantes e corantes que são prejudiciais à saúde do indivíduo”, conclui a nutricionista Bruna Fernandes.

Alimentação saudável
O corpo humano necessita diariamente de nutrientes, vitaminas e minerais para manter suas funções vitais.Tudo isso é adquirido através da alimentação saudável.Em muitos casos é importante buscar a ajuda de um profissional para que o indivíduo seja instruído aos alimentos corretos para o seu organismo. De acordo com o médico Erik Guanabara, pós-graduado em Ciências da Longevidade Humana e membro da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia, ser saudável exige uma série de cuidados.

“É importante beber água, praticar exercícios físicos, ter uma rotina e um estilo de vida bem definido. Muito cuidado com o estresse e atenção à sua saúde psicológica e emocional. Desequilíbrios emocionais e psicológicos também podem deixar nosso sistema imunológico mais abalado. Evitar guardar tudo para se, conversar com alguém, ocupar a mente, meditar, ou até mesmo procurar um psicólogo.Buscar comer alimentos ricos em nutrientes, passar longe dos processados e industrializados. Evite o açúcar e as gorduras e busque um consumo maior de frutas, legumes e verduras”, avalia.

Por Dayse Lima

 

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