Ex-prefeito suspeito de matar antecessor é investigado por suposta propina em compra de álcool em gel durante pandemia no Ceará



O Ministério Público cumpriu um mandado contra ele, um empresário e uma auxiliar administrativa, na cidade de Granjeiro.





Por g1 CE








Ex-prefeito suspeito de matar antecessor é investigado por suposta propina em compra de álcool em gel. — Foto: Reprodução


O ex-prefeito de Granjeiro, Ticiano Félix da Fonseca, é investigado pelo Ministério Público por suposto esquema de propina na compra de 3 mil litros de álcool em gel. A compra irregular teria acontecido em 2020, no primeiro ano da pandemia de Covid-19. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (13). Ticiano foi preso suspeito de matar o antecessor no cargo, João Gregório Neto, o João do Povo.



Após a morte de João do Povo, o então vice-prefeito assumiu a gestão municipal — onde ficou até ser apontado como responsável pelo homicídio. O Ministério Público do Ceará deflagrou, nesta terça-feira, a segunda fase da Operação “Mãos Limpas”, que investiga suspeitas de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Prefeitura de Granjeiro.



Nesta fase, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o ex-prefeito do município, um empresário da região e uma auxiliar administrativa, nas cidades de Juazeiro do Norte e Fortaleza. A operação acontece por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), com apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil.



A compra irregular teria sido feita para beneficiar um empresário da região, que, em contrapartida, teria pago propina em favor do prefeito municipal, à época. Na primeira fase da operação, deflagrada em 2021, o MPCE já havia cumprido mandados de busca e apreensão contra o então secretário de Saúde de Granjeiro e outro empresário.



Na época, teriam sido encontrados elementos que levaram ao ajuizamento de ação penal contra cinco pessoas. Com a análise do material apreendido na época, os promotores de Justiça do Gecoc encontraram indícios de que o suposto esquema criminoso teria sido arquitetado em benefício de um empresário do ramo de cosméticos.



O empresário, além de suspeito de ter recebido comissão pela organização da fraude, também teria coordenado o pagamento de vantagem indevida em favor do prefeito da época, por meio do pagamento de uma dívida contraída por este, para tentar ocultar a origem ilícita dos valores, conforme o MPCE

 

 

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