Ginecologista preso no Paraná concentra 37 denúncias de abuso sexual, diz Polícia Civil




Escrito por Redação,
Novos depoimentos foram colhidos em delegacia de Maringá; médico deve ser ouvido depois do depoimento das vítimas


Legenda: Os crimes foram cometidos dentro do consultório particular onde o médico atende
Foto: Shutterstock


O ginecologista e obstetra Felipe Sá, preso no dia 14 de junho em Maringá, concentra 37 denúncias de abuso sexual contra ele. A Polícia Civil do município do norte do Paraná detalhou que os dados se referem a denúncias feitas por mulheres até sexta-feira (23). As informações são do g1.

Anteriormente, 31 mulheres já tinham registrado Boletins de Ocorrência (B.Os.). Ele está preso temporariamente, mas não há previsão de ser escutado sobre o caso.



Felipe é investigado desde janeiro deste ano por violação sexual, fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável. A defesa do médico negou as acusações das vítimas e declarou que irá provar a inocência dele durante o processo.

Os abusos ocorriam dentro do consultório dele, após o médico tentar criar um "ambiente seguro" para as pacientes e ganhar a confiança delas.
Crimes sexuais

A Polícia Civil está investigando as denúncias, vendo inclusive os vídeos publicados nas redes sociais de Felipe. O delegado responsável pelo caso, Dimitri Tostes Monteiro, detalhou que uma das vítimas disse ter sido abusada após ser hipnotizada pelo médico.

Uma ex-aluna de Felipe, que estudou com ele em uma faculdade particular do município, disse que também foi vítima. O médico quis examinar os seios dela fora do consultório. "Mas fiquei assim, por ele ser meu professor, não quis é...corrigi-lo ou questioná-lo, né?", disse.

"E depois, na consulta, ele falou que ia fazer um teste comigo pra ver como que eu estava em relação a minha sexualidade, a minha feminilidade. Nesse teste ele falou que não queria que eu pensasse de forma racional, que eu só pensasse com o meu instinto, que eu deixasse os tabus de lado e ficasse bem à vontade e daí ele pedia para eu tirar a minha blusa", acrescentou.
Prisão válida por 30 dias

Conforme Monteiro, a prisão do homem é válida por 30 dias e poderá ser prorrogada. A defesa do médico disse que não irá se manifestar, por enquanto.

DN

 

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