O líder da igreja católica provocou preocupação ao afirmar nesta
segunda-feira, 06, que não se sentia bem de saúde em uma audiência com
rabinos europeus no Vaticano. “Cumprimento todos vocês e lhes dou as
boas-vindas. Obrigado por essa visita que tanto me agrada, mas acontece
que eu não estou bem de saúde e, por isso, prefiro não ler o discurso,
mas sim dá-lo para vocês o levarem”, disse o Papa Francisco. Logo
depois, o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, afirmou que o pontífice
estava com “um pouco de resfriado”.
“Ele tinha o desejo de
cumprimentar individualmente os rabinos europeus e, por isso, entregou o
discurso. De resto, as atividades do Papa prosseguem regularmente”,
garantiu. A saúde do religioso vem chamando a atenção nos últimos meses.
Em junho, por exemplo, ele chegou a ficar internado por nove dias para
fazer uma cirurgia de tratamento para uma hérnia em uma cicatriz
abdominal. Em março, Francisco precisou receber cuidados em um hospital
em decorrência de um quadro de bronquite.
O Papa sofre ainda de
fortes dores no joelho, que o fizeram ser visto com cadeiras de rodas em
diversas ocasiões. Em fevereiro, o chefe do Vaticano afirmou em
entrevista que escreveu uma carta de renúncia quando assumiu o cargo
para o caso de ter algum problema de saúde que o impedisse de realizar
suas funções e não estar plenamente consciente para renunciar. Porém,
destacou que não sabia onde tal documento estava, que não costumava
pensar sobre o assunto e que papas demissionários não se tornariam algo
recorrente. Discurso No texto entregue aos rabinos, Francisco comentou
sobre a crise existente no Oriente Médio, afirmando que está preocupado
com a “disseminação de manifestações antissemitas” no mundo no contexto
da guerra travada entre o governo de Israel e o Hamas. Além disso, o
religioso alertou sobre o “brusco ímpeto da vingança e a loucura do ódio
bélico” e defendeu que as pessoas fossem testemunhas de diálogo. “Não
as armas, não o terrorismo, não a guerra, mas sim a compaixão, a justiça
e o diálogo são os meios adequados para edificar a paz”, ressaltou
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