Cientistas revelam que espécie de morcego com pênis gigante faz sexo por até 13 horas


Cientistas revelam que espécie de morcego com pênis gigante faz sexo por até 13 horas

Cientistas da Universidade de Lausanne, na Suíça, revelaram características bem singulares de uma espécie de morcego conhecido como morcego-hortelão-escuro

Por Extra

02/12/2023 12h18 Atualizado há 17 horas




O morcego-hortelão-escuro era pouco estudado — Foto: Divulgação



Cientistas da Universidade de Lausanne, na Suíça, revelaram características bem singulares de uma espécie de morcego conhecido como morcego-hortelão-escuro. Após uma análise baseada em observação, eles descobriram que os machos da espécie Eptesicus serotinus têm o “pênis desproporcionalmente grande” e se acasalam a partir de um “abraço” forte, numa relação que dura até 13 horas seguidas. O estudo foi publicado em 20 de novembro na revista científica Current Biology.

O pênis de 38 centímetros do mamífero (cerca de 22% do comprimento do corpo) não é viável para a penetração. Isto porque, quando ereto, ele se torna sete vezes mais longo e mais largo que a vagina e "sua possível função torna-se uma questão desconcertante”, cita o estudo. Os cientistas descobriram que, em vez do macho inserir o pênis na vagina das fêmeas, eles usam a parte genitália para afastar a “bainha” da cauda da fêmea — uma membrana que protege a vulva —, permitindo o acasalamento por contato. Uma vez conectado com a vulva, por contato e não por penetração, o macho fica imóvel até chegar no ápice do ato.

Graças à descoberta desta dinâmica, ficou provado que o morcego-hortelão-escuro é o primeiro mamífero a ter um “acasalamento por contato”, sem penetração vaginal da fêmea. “Este padrão copulatório é comum em aves (‘beijo cloacal’), mas permanece não documentado em mamífero", afirma o estudo.


Pelo vídeo divulgado no estudo, as imagens mostram os morcegos agarrando as fêmeas e movendo a pélvis até que o membro ereto fosse pressionado completamente na parceira. Os machos ficam imóveis por uma média de 53 minutos, com a interação que pode durar quase 13 horas.


Os pesquisadores observaram animais que viviam no sótão de uma igreja holandesa e em um centro de reabilitação ucraniano. O objetivo era descobrir a dinâmica de acasalamento dessas espécies, que, por ter hábitos noturnos, foram “negligenciados” pelos estudiosos, afirmam os cientistas. Eles vão continuar observando o acasalamento dos animais de forma mais natural, investigando a morfologia do membro do macho e o sexo em outras espécies de morcegos.

 

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