MEI: nova regra vai ampliar previdência do empreendedor

MEI: nova regra vai ampliar previdência do empreendedor

quarta-feira, 13 de dezembro 2023

A nova regra de faturamento do Microempreendedor Individual (MEI), que começará a viger a partir do próximo ano, vai incentivar uma maior contribuição previdenciária. A medida possibilitará uma aposentadoria mais substancial. O anúncio da nova medida foi feito pelo ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), durante a 2ª reunião ordinária do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

O teto de faturamento do MEI, fixado em atuais R$ 81 mil por ano, é acompanhado por uma faixa de tributação que varia de R$ 67 a R$ 72, dependendo da atividade realizada pelo microempreendedor. Esta quantia contempla tributos, como INSS, que possibilita uma aposentadoria de um salário mínimo. Com a implementação da nova regra, os MEIs poderão contribuir mais com a previdência, medida que proporcionará uma aposentadoria maior. De acordo com dados do Portal do Empreendedor/Receita Federal, o Brasil possui mais de 15 milhões de MEIs. Destes, mais de 500 mil microempreendedores individuais são do Ceará

“O projeto de mudança na contribuição do MEI precisa ser aprovado. Hoje o MEI contribui com um valor fixo independente do quanto fatura, e por isso a contribuição do INSS é baixa. A medida anunciada pelo ministro abre a possibilidade da contribuição ser complementada, e assim, poder se aposentar com um valor maior. É fundamental que a medida seja opcional, pois não é salutar obrigar o microempreendedor a pagar mais. A possibilidade do empreendedor se aposentar com um valor maior é uma boa ideia”, disse o diretor de assuntos legislativos da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (FENACON), Diogo Chamun.

Entenda
Atualmente, empreendedores que faturam entre R$ 500 e R$ 6.750 por mês pagam tributos unificados por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), cujo valor varia conforme a atividade e inclui INSS (Previdência), ISS (municipal) e ICMS (estadual). A proposta do ministro representa uma mudança significativa no regime tributário para microempresas, buscando equilibrar a arrecadação previdenciária e proporcionar benefícios previdenciários mais substanciais aos empreendedores.

A medida, anunciada em encontro que ocorreu no edifício-sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC) em Brasília e que contou com a presença do presidente interino, Geraldo Alckmin (PSB), visa estabelecer uma tabela progressiva de impostos para o MEI, alterando a forma como os microempreendedores individuais contribuem atualmente. Entre as vantagens de ser MEI, segundo o Sebrae, estão o direito de emitir notas fiscais para clientes, evitando a perda de negócios, pois, além de dever do empresário, a emissão do documento é direito do consumidor; tributação reduzida, com pagamento mensal do documento de arrecadação (DAS-MEI) e acesso a benefícios previdenciários, como o auxílio-doença, em caso de incapacidade de trabalhar por problemas de saúde, entre outros

O  Estado 

 

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