Paraense casa com coreano, viaja para o país e é resgatada após ser vítima de violência



Paraense casa com coreano, viaja para o país e é resgatada após ser vítima de violência
Mulher de 34 anos retorna ao Brasil nesta segunda-feira (4)
Escrito por João Lima Neto , joao.lima@svm.com.br 14:00 - 04 de Dezembro de 2023 Atualizado às 14:13
País

Legenda: Paraense ficava trancada e sem comida em província da Coreia do Sul
Foto: Reprodução/Instagram

Não é toda história de amor do mundo virtual que termina com "felizes para sempre". A paraense Jackeliny Bastos, 34, viveu um relacionamento pela internet que avançou para um casamento com o coreano Jin Yong. O que era uma vida conjugal com cenas de romance, incluindo viagens por praias do Ceará, passou a ter relatos de dor e sofrimento em vídeos nas redes sociais, que viralizaram.

Nesta segunda-feira (4), com ajuda de outros casais de brasileiros e coreanos, Jackeliny está retornando da Coreia do Sul para o Brasil após ser abandonada pelo estrangeiro.

Em outubro deste ano, ela deixou Santarém (PA) para viver ao lado de quem considerava "o grande amor da vida". Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, Rubenita Costa Bastos — mãe de Jackeliny — relatou que os dois se casaram cumprindo os trâmites legais das embaixadas de cada país.


Segundo a mãe da paraense, após saber do ocorrido com a filha, por meio de outros brasileiros, ela entrou em contato com a Embaixada do Brasil, que acionou a polícia local. Policiais foram até a residência do casal e, em seguida, Jackeliny foi levada para um abrigo.

Rubenita conta que a filha chegou a ter o celular apreendido pelo marido logo na primeira semana após irem morar juntos. "Ele passava o dia fora e deixava a mãe dele vigiando ela".

Ele ainda a deixava trancada e sem comida. Sem a presença de familiares e sem falar o idioma do País, a brasileira recorreu às redes sociais para relatar o que vivia com o companheiro.
Veja primeiro encontro do casal:


Após ser resgatada pela Embaixada Brasileira, Jackeliny revelou no Instagram o que viveu com o marido. "Fui enganada. Eu vivia um relacionamento maravilhoso, eu vivia um casamento maravilhoso. Tudo era bom, mas ele se transformou em duas semanas. Ele não deixava eu ter acesso ao celular. Eu nem comia, porque tudo era jogado na minha cara que ele, só ele, comprava. Eu não almoçava, eu não jantava".

Em relato na rede social, ela contou que o abrigo para onde foi levada era pequeno e compartilhado com outras mulheres vítimas de agressões.



Eles perguntaram se eu não queria falar com ele. Eu liguei pra pedir pra eu ficar apenas um dia na casa dele, porque eu não consigo respirar aqui pois é muito fechado. Ele disse pra eu me virar e resolver meus problemas. Ele me largou, gente, ao léu

Jackeliny Costa Bastos
Brasileira



Rubenita destacou ainda que a filha não conseguia sair sequer para comprar itens de higiene pessoal quando estava na casa do marido.
Coreano chegou a conhecer o Ceará


Legenda: Paraense chegou a levar coreano em praias do Ceará
Foto: Reprodução/Instagram



Jin Yong pediu Jackeliny em namoro após se conhecerem pela internet. Em 4 de março de 2022, ela publicou no Instagram o início do relacionamento à distância. Em meio a posts com montagens do casal com músicas de dorama, as conversas via videoconferência foram ficando mais constantes.


O casal, então, resolveu marcar o primeiro encontro presencial, e o local escolhido foi Fortaleza. Jackeliny Bastos tinha o interesse de conhecer o Ceará por ser neta de cearenses.

Eles chegaram a filmar o primeiro abraço ainda no Aeroporto de Fortaleza. Como bons turistas, tiveram aula de caiaque e caminharam pela orla da Beira-Mar, entre outros passeios. Eles ainda passaram por praias no Cumbuco, Jericoacoara e Morro Branco. Tudo foi compartilhado nas redes sociais.

Jackeliny sempre expressou o amor pelo companheiro em fotos e textos, e nunca relatou sofrer qualquer tipo de agressão.

DN

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